sábado, 31 de março de 2018

A MTC E A ACUPUNTURA NA PRÁTICA DESPORTIVA



A literatura brasileira sobre o emprego de novos métodos, que podemos chamar de não ortodoxos nos esportes ainda deixa a desejar. Porém, já se pesquisam em vários centros desportivos do mundo, como essas técnicas podem ou poderão ajudar a todos os atletas,  nas mais variadas modalidades desportivas. O presente estudo visa enfatizar as técnicas oriundas da Medicina Tradicional Chinesa, no que tange ao treinamento, obedecendo-se o Biorritmo individual de cada atleta na fase de treinamento e até mesmo as técnicas de potencialização, recuperação e tratamento das lesões, antes, durante e após a prática desportiva.
O programa de Acupuntura e Biorritmo está bem fundamentada nas bases da MTC e nos mostra a importância de conhecermos adequadamente as diferentes ocasiões em que o desempenho físico, emocional e intelectual, são mais propícios para o desempenho de qualquer tipo de atividade, inclusive nos esportes . Trata-se do Biorritmo, capaz de indicar as épocas em que, entre outras coisas, o rendimento do atleta é favorecido, melhorando sua performance e capacitando-o até alcançar índices de recordistas, por outro lado ajuda no sentido de prevenção, pois o atleta bem treinado dificilmente irá se lesionar. Ou então explicar os fracassos que muitas vezes o esportista, mesmo favorito em condições habituais, colhe, como vemos inúmeras vezes nos campeonatos, pelo mundo afora..
Durante a realização das práticas desportivas o homem, procurar sempre se superar, aumentando constantemente seus índices e, para isso, paga então um alto preço, sobrecarregando seu sistema osteomioarticular, principalmente do complexo muscular, o que ocasiona inúmeras lesões, prejudicando muitas das vezes o seu desempenho e favorecendo o abandono precoce das competições.
A Acupuntura, além de ser aplicada na prevenção do equilíbrio energético do organismo do homem, dos animais, das plantas e na terapêutica das doenças, é também usada no extremo oriente, desde tempos imemoriais, para tonificar ou descontrair os músculos de esportistas e trabalhadores.(Meyer,1992).
Na china, um fato que desperta a atenção de turistas de outras partes do mundo, especialmente ocidentais, é a inacreditável facilidade com que os coolies chineses correm sem fadiga aparente, durante horas, puxando seus requisáis. O segredo reside no fato de, períodicamente, usarem Acupuntura em pontos ditos “infatigáveis”. Os mesmos pontos são usados no Laos em dançarinas. No japão, agulhas são colocadas em pontos especiais, antes de iniciados os longos combates individuais de Judô, ou outras lutas ditas marciais. (Meyer, 1992)
Pontos cutâneos conhecidos como Mestres, são aplicados em movimentos musculares e das articulações  em praticantes de várias modalidades desportivas. (Roger de La Fuye)
Cada esporte possui seu grupo músculo-articular próprio que o desportista esclarecido educa e mantém em boa forma. Segundo o Dr. Roger de La Fuye, os desportistas devem ser divididos em duas categorias: Aqueles que se servem, sobretudo de suas pernas e aqueles que se servem, basicamente de seus braços.
O objetivo da Acupuntura como técnica de  tratamento das lesões sofridas no meio desportivo, além de serem muito eficientes, criam também condições para que o atleta volte o mais rápido possível a sua prática desportiva, tratando a dor e o processo inflamatório, favorecendo então uma melhor circulação energética dentro dos meridianos e também na superfície corporal, protegendo então o Sistema Muscular da Invasão das Energias deletérias.
Segundo a visão da MTC, ao estimularmos certos pontos de acupuntura do corpo, podemos promover um melhor desempenho esportivo, aumentando a resistência e desenvolvimento do atleta.

terça-feira, 27 de março de 2018

OS BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO




Um estudo publicado em fevereiro de 2011, na revista Psychiatry Research: Neuroimaging, sugere que meditar por apenas 30 minutos por dia, durante oito semanas, pode aumentar a densidade de massa cinzenta em regiões do cérebro associada à memória, estresse e empatia.
Regula o ritmo respiratório e o ritmo cardíaco; Aumenta o fluxo de sangue para as células; Reduz o nível do hormônio cortisol, principal responsável pela morte dos neurônios; Permite níveis profundos de relaxamento e bem estar; excelente terapia para pessoas com pressão alta; reduz muito a ansiedade e o estresse (estima-se que 50% de todas as doenças são devido ao alto nível de estresse).
Este poder mental é proporcionado devido ao fato de que o cérebro é um órgão eletroquímico. Pesquisadores especularam que um cérebro em funcionamento pode gerar até 10 watts de potência elétrica.
Há quatro categorias de ondas cerebrais que percorrem a maioria das atividades cerebrais: Beta, Alpha, Theta e Delta.
A frequência Beta está vinculada à atenção, concentração e a cognição. São as ondas cerebrais mais rápidas. Podem variar em frequência de 14 ciclos por segundo (14 hertz ou 14 Hz) até pouco mais de 100 Hz. Quando o indivíduo está bem desperto e alerta, sua mente está concentrada, e está pronta para trabalhos que requerem atenção total.
No estado Beta os neurônios transmitem informações de forma muito rápida, permitindo atingir estados de concentração.
Já a frequência Alpha está vinculada ao relaxamento, visualização e meditação. Nela produzimos pulsos de ondas Alpha na faixa de frequência de 8 a 13 Hz. Por exemplo, quando se está relaxado, a atividade cerebral baixa do rápido padrão Beta para ondas Alpha mais lentas. A consciência interna se expande, a energia criativa começa a fluir e a ansiedade desaparece. O indivíduo passa a experimentar uma sensação de paz e bem estar.
Quanto à frequência Theta, esta se relaciona à meditação, intuição/criatividade e memória. As ondas Theta possuem taxa de frequência entre 4 e 8 Hz. Com o aprofundamento ainda maior do relaxamento, o indivíduo entra no misterioso estado Theta, onde a atividade cerebral baixa quase ao ponto do sono. O estado Theta propicia flashes de imagens do inconsciente (insight), criatividade e acesso a memórias há muito esquecidas. A frequência Theta leva a estados profundos de meditação. Pode-se sentir a sua mente expandir além do limite do corpo.
A faixa Delta  está entre 0,1 a 4 Hz. Delta é a mais baixa de todas as frequências de ondas cerebrais. Está associada com o sono profundo.
Algumas frequências na faixa Delta liberam o hormônio do crescimento humano (HGH) que é muito benéfico para a regeneração celular e a cura. Delta é a onda cerebral para o acesso ao inconsciente, onde a intuição pode aflorar facilmente. Atingir o estado Delta é ideal para o sono, a recuperação física, mental e a meditação profunda.

CROMOTERAPIA




A cromoterapia é um tipo de tratamento que consiste na utilização das cores para curar doençase restaurar o equilíbrio físico e emocional do paciente. A palavra tem origem no grego "khrôma" que significa "cor".
Historiadores afirmam que no Antigo Egito a cor - através dos raios solares - já era usada para o benefício do ser humano. Mais tarde, no século XVIII, o cientista alemão Johann Wolfgang von Goethe conduziu uma pesquisa exaustiva a respeito das cores, concluindo que elas têm um determinado efeito. Ele concluiu que o vermelho estimula, o azul suaviza, o amarelo causa alegria e o verde é relaxante.
Contudo, a cromoterapia só chegou ao Ocidente no século XIX. Nos dias de hoje, a cromoterapia está relacionada com as sete cores do espectro solar, e normalmente um suporte com uma lâmpada de 25 watts é usada no tratamento, onde é colocado a 5 centímetros da pele, atuando durante aproximadamente 3 minutos.
Esta terapia alternativa tem muitos críticos na comunidade científica, que afirmam que no caso da cromoterapia, o efeito placebo é um fator muito importante na cura de alguns pacientes.
A cromoterapia é muitas vezes ligada com algumas práticas esotéricas, como o Feng Shui, os cristais e a astrologia. Em muitos casos, as sete cores usadas na cromoterapia estão diretamente ligadas aos chakras, que são considerados campos de energia que têm influência nas nossas emoções e corpos.

O significado de algumas das cores usadas na cromoterapia é:
Vermelho: É uma cor poderosa e deve haver precauções no seu uso, pois em excesso pode provocar nervosismo e ansiedade. Pode despertar a sexualidade e erotismo.  Área de atuação: ativa a circulação e estimula o sistema nervoso. O vermelho está ligado ao chakra básico, que está localizado no baixo ventre e que comanda a coluna vertebral.

Laranja: É uma cor alegre e antidepressiva. Área de atuação: rejuvenesce e melhora o metabolismo e o sistema digestivo. Pode elevar a pressão sanguínea. Corresponde ao chakra umbilical, que comanda as ações relacionadas com o sexo. Influencia o processo de tomar decisões.

Amarelo: É uma cor inspiradora por isso pode provocar alguma distração e perda do foco. Esta cor influencia o dinamismo e a capacidade de expressão. Área de atuação: olhos, ouvidos, ossos e tecidos internos. Está ligada ao chakra Plexo Solar que rege o estômago e corresponde ao poder pessoal e satisfação.

Verde: É uma cor associada à natureza, tranquilidade, equilíbrio e saúde. Área de atuação: problemas cardíacos, dores de cabeça, insônias, etc. É uma cor referente ao chakra cardíaco, que comanda o coração e o sistema circulatório.

Azul: É uma cor relaxante, que traz paz, serenidade e promove a meditação. Área de atuação: baixa a pressão arterial, tem função analgésica . Corresponde ao chakra laríngeo, que atua no sistema respiratório e faz a gestão da expressão verbal.

Índigo: É uma cor que simboliza a intuição e a compreensão. Área de atuação: purifica o sangue e tem um efeito anestésico e coagulante. É representada pelo chakra frontal, localizado no centro da testa e que controla o sistema nervoso.

Violeta: É uma cor relacionada com a estabilidade e paz na consciência. Promove a concentração e eleva a autoestima. Área de atuação: acalma os nervos e os músculos do corpo, e elimina infeções e inflamações. O chakra correspondente é o coronário, localizado no alto da cabeça e que está relacionado com a concentração e espiritualidade.

KI - A ENERGIA PRIMORDIAL - PARTE II



FORMAS DE KI

A tradição sagrada nos ensina que mesmo que o Ki, a Suprema Energia, seja única, esta se expressa de diferentes formas ou sopros (vayu) mais sutis ou mais densos, como as cores do arco-íris, que são a expressão visível do puro branco da luz. Assim, poderíamos definir estas expressões do Ki ou do prana da seguinte forma, segundo a tradição:]

•         “Prana do alento” ou “sopro vital”. Este ki se expressa na inspiração que recebemos na respiração e que se extende desde o nariz à garganta, coração e aos pulmões. Absorve a energia solar ou fotônica. É um ki “vertical”, proveniente do espaço, da luz, do Sol e do oxigênio. Este ki se relaciona com a cor vermelho rubi. Como anedota, diremos que Onisaburo deguchi e a ordem esotérica O-Moto-Kyo ensinavam a seus seguidores uma técnica de respiração purificadora que permitia separar o ki do oxigênio e reconduzi-lo até os centros superiores, e que esta técnica sobrevive ainda em algumas escolas de Aikido esotérico ou espiritual, ainda que não possa ser revelada em uma publicação devido ao risco que pode levar ao estudante imprudente ou neófito, que não possui um grande domínio de seu corpo astral.

•         A segunda forma de ki é samana, ou “alento médio”, ou “prana de assimilação”, que flui desde o coração ao plexo solar e com o processo digestivo e a assimilação dos nutrientes. Relaciona-se à retenção do alento. É uma energia de construção, de cura e de sustentação da vida. Diz-se que este ki será o responsável por elevar a energia até os centros superiores e “unir o Céu e a Terra”. Sua cor é o branco puro ou transparente como o cristal de rocha.

•         O terceiro tipo de ki é apana, o “sopro ascendente”, relaciona-se à expiração (exalação) e é muito querido pelos grandes ascetas e yoguis, pois se ocupa da excressão, e portanto da purificação dos órgãos, que na prática dos diferentes yogas ou das artes marciais superiores é extremamente importante, pois com a expiração vem a eliminação dos resíduos e tóxicos bio-químicos resultantes da oxigenação e da digestão. E também se limpam os diferentes nadis ou canais de energia, e os órgãos etéricos, uma verdadeira rede etérica formada por milhares de canais (bem conhecidos pelos acupuntores) que conduzem o ki ou prana. Sua cor varia do branco ao vermelho.

•         Udana,é um sopro mais elevado, também muito querido pelos yoguis e praticantes de mantrayama e kototama (a ciência esotérica dos sons), pois relaciona-se à voz, ao som, à linguagem e aos órgãos superiores, e portanto ao corpo etérico, daí a extrema importância em um estudante ou instrutor purificar seu verbo, suas palavras, pois a energia do ki irá diretamente a seu corpo sutil ou etérico, alimentando-o de vitalidade. Muitas enfermidades, sobretudo mentais, têm sua origem em um uso negativo das palavras. Por sua vez, este ki relaciona-se a certas glândulas endócrinas de enorme importância na vida espiritual, como a pineal e a pituitária, que, recordemos, era onde Leonardo da Vinci e René Descartes (dentre muitos outros) situavam a “sede da alma”. Sua cor é azul celeste.

•         Vyana é o ki ou prana superior, pois é a soma dos anteriores, o total das energias prânicas. Relaciona-se ao processo de morte e renascimento. É através deste prana que os grandes lamas iniciados conseguem abandonar este mundo pela parte superior do crânio em plena consciência, sem atravessar os “planos intermediários”, ou bardos. Este sopro surge do “coração secreto” até o exterior em uma forma espiral. Sua cor é o dourado.


domingo, 25 de março de 2018

KI - A ENERGIA PRIMORDIAL



Parte 1

O Ki, a energia que cria e anima todas as formas de existência é, apesar da aura de mistério que geralmente a envolve, o mais evidente sobre esta terra, vivemos literalmente submergidos em um oceano de Ki, pois é a substância ou a vibração que se manifesta em infinitas formas naturais. A ciência compreende agora algo que os sábios da antiguidade já conheciam, que a matéria é um som, uma vibração. Mas especulando até o infinito, intuem que esta matéria não é outra coisa que a luz densificada, ou cristalizada. Pitágoras, a mais de 2500 anos afirmava que uma pedra era, na realidade, música petrificada.
Os sábios instrutores de yoga, meditação, cura ou de artes marciais, com um designo espiritual, nos aconselham a sermos extremamente cautelosos quanto ao uso ou ao desenvolvimento do Ki ou prana, pois não deixam de insistir no fato de que a energia, Ki, Chi ou prana, é absolutamente neutra, totalmente impessoal, como a energia solar ou a eletricidade, e que nutrirá nossas tendências e inércias, da mesma forma que a luz do sol pode fazer crescer uma flor de lótus ou de ópio. Um axioma hermético muito antigo nos diz que a energia segue o pensamento, e de acordo com isso, se desejamos entrar em contato com a Fonte do Ki, devemos observar cuidadosamente a qualidade de nossos pensamentos, palavras e atos, encontrar o núcleo de onde surgem, e comprovar se emanam de nosso amor, da compaixão e da alegria, ou de nossos desejos e medos, com todas suas positivas ou fatídicas consequências. A esse respeito, diríamos que alguns dos livros publicados sobre a arte do pranayama (as antigas técnicas para absorver a energia do Ki ou prana por meio da respiração) são muito nocivos, pois raramente advertem os estudantes acerca dos riscos derivados de uma prática indiscriminada. Não esqueçamos que trabalhar com a energia do Ki sem um guia que conheça a ciência do uso da energia e a anatomia do corpo humano, é literalmente brincar com fogo.
Por outro lado, as técnicas de Aikido e de outras vias como a arte da espada ou o Karate-do tradicional, que incorporam numerosas formas de exercícios respiratórios, fazem desenvolver muito rapidamente uma grande quantidade de Ki hárico, e se não existe uma conduta elevada, guiada por grandes valores humanos como compaixão, não-violência, desapego e equanimidade, veremos surgirem sintomas de nossas paixões dominantes, nossas tendências latentes (sámskaras) e inércias mentais (vasanas).
Os mestres nos dizem que o Ki pode expressar-se de duas formas bem diferentes: como tariki, o “Ki criativo”, feliz, pacífico, alegre, expansivo, inclusivo e fluido, que surge do coração e dos centros (chakras) superiores, ou o yoriki, o “ki nefasto”, destrutivo, egocêntrico, impetuoso, individualista, que tende à agressividade e, inclusive, à violência. Este é o Ki do hara ou cérebro reptiliano e abdominal, com todas as suas nefastas e imprevisíveis consequências. Precisamente este tipo de Ki negativo, ancorado no hara, é o que muitos guerreiros samurais desenvolvem, e por azar uma grande maioria dos praticantes de artes marciais e de professores que não tiveram a fortuna de serem instruídos por um professor compassivo, pacífico e sábio.

A CIÊNCIA DO KI

Se desejamos nos aprofundar nos mistérios do Ki, deveremos indubitavelmente dirigir nosso olhar à Mãe Índia, onde os grandes sábios, yoguis, ascetas e iniciados realizaram profundas investigações por milhares de anos acerca da estrutura esotérica dos corpos físico, etérico e mental do ser humano, aliados à respiração.
Sensei Michel Coquet nos diz: “ O prana tem sua fonte no sol, que é um grande animador e é quem confere às formas um movimento próprio. Na respiração, o prana não é o movimento de inspiração e expiração que podemos observar, mas sua causa. Imprime este movimento para espalhar-se por todo o organismo. (... ) Digamos simplesmente que o prana é a soma das energias cósmicas em ação, é a força da vida em si mesma. É a energia inerente a cada um e ao cosmos. (...) A importância do controle do prana vem do fato de que o prana caminha junto com manas (a mente) e que manas controla os sentidos.” (1)
Quando o Ki penetra uma forma, lhe concede vida, uma vibração e um movimento. Poderíamos expressar simbolicamente este conceito com uma semente que possui em si mesma a consciência ou informação genética necessária para converter-se em uma flor ou em uma poderosa árvore, e será o Ki solar que irá despertar a vibração que lhe permitirá expressar-se e evoluir como uma expressão consciente e orgânica de energia. Quando o Ki nutre uma determinada forma de vida, desde um átomo, um elétron, um ser vivo ou toda uma galáxia, lhe infere um triplo movimento. Primeiramente uma pulsação, logo uma rotação sobre si mesmo, e finalmente uma forma energética de espiral ascendente. Notemos, de passagem, a semelhança desta definição do Ki com os movimentos do Aikido. Por esta razão, Morihei definia sua arte como uma forma de incluir-se ou adaptar-se ao movimento mesmo do Universo. O Sensei escreveu:
“No princípio era a força original que chamamos Ki. Essa força original se manifestou através de um som e criou o mundo em que vivemos. Como consequência, nossas vidas são uma parte do Universo, e cada um de nós, até o mais débil, possui uma força interna muito grande que lhe foi dada em seu nascimento.”
Inspirando-se na metafísica do Shinto esotérico, e sobretudo nos ensinamentos de seu mestre, Onisaburo Deguchi, lider da escola esotérica O-Moto-Kyo, Morihei Ueshiba também concebeu esse eterno fluir da energia do “Ki Criador”como Kannagara-No-Michi, “a onda de Deus”, o fluxo da força criativa que une o passado com o futuro, que percorre o espaço e o tempo e cria as formas de existência em todos os mundos, planos e dimensões de consciência. Para o Sensei, Kannagara é “um caminho de perfeição que não comporta doutrinas do bem nem do mal. Uma via que encontra a verdade e realidade divinas, constantemente em busca de formas cada vez mais perfeitas de existência”.
“Kannagara é um caminho de liberdade suprema, pois para que a ação esteja em harmonia com a Natureza, deve ser o resultado de uma obediência espontânea ao Kami, criador e origem do Universo. As montanhas, o vento, os rios, as árvores, as ervas levam seu nome” Mitsuji Saotome.

Integrar-se, fluir, incluir-se no Kannagara é ser “Um com o Universo”, fazer-se “Um com o Tao”, mas o ser humano deve antes libertar-se de numerosas tensões e bloqueios físicos, emocionais e mentais. Por esta razão os primeiros momentos na prática do Aikido deveriam ser consagrados a uma dinâmica de purificação (misogi) e de liberação do corpo físico e emocional para que o bom Ki, a energia vital, possa circular livremente sem obstáculos. A prática do Aikido é em si mesma uma sábia forma de criar e sintonizar um instrumento musical, uma disciplina que refina e purifica nosso corpo sutil para fazê-lo acessível e sem riscos a energias de elevada taxa vibratória, como são os diferentes asanas do hatha yoga. Esta práticas de desbloqueio de energias têm muito em comum com os pontos de vista de Wilhelm reich ou Alexander Lowern. O próprio Reich, que designava o Ki com o nome de “Orgone”, escreveu: “O pensamento funcional não tolera nenhuma condição estática. Por esta razão, todos os processos naturais estão em movimento, inclusive no caso de formas rígidas ou imóveis. Também a natureza flui em cada uma de suas funções como uma totalidade”.
Nossos temores, medos, traumas, ambições, amores, desamores, orgulhos e ódios, desejos e paixões, contraem, bloqueiam e colapsam algo em nós, tanto física quanto psíquicamente. Devemos saber que o contato direto com o Ki pode trazernos um notável despertar das faculdades psíquicas e mentais, uma abertura às sutis energias da Natureza, uma grande melhora de nosso caráter, um refinamento de nossos sentidos, de nossos pensamentos, palavras e atos, e uma especial sensibilidade que nos permite perceber os planos ou campos energéticos sutis (não astrais!) e uma melhora de nossa saúde e de nossa intuição, ou pelo contrário, um obscurecimento de nossa mente, um retorno a formas primitivas e selvagens do pensamento, da palavra e do ato, e fisicamente, uma visível retroversão da pélvis, por uma sobre-alimentação dos chacras inferiores, que levam ao aumento das paixões, dos desejos compulsivos, dos medos, e uma negativa tendência à animalidade, com todas suas fatídicas consequências.
Recordemos que a astúcia, a cólera, o instinto de seleção natural, os desejos obsessivos, a ganância, a luxúria, a crítica destrutiva, a infâmia, a delação, a injúria, a calúnia, dentre outros, não são qualidades da alma, não pertencem ao homem espiritual, senão a nossa herança seletiva do reino animal com todas as suas tendências latentes em nossa subconsciência procedente de nossa passagem por diferentes reinos da Natureza.

ACUPUNTURA AURICULAR OU SIMPLESMENTE AURICULOTERAPIA




A medicina natural tem seus princípios básicos fundamentados na medicina dos antigos povos orientais, particularmente o chinês. A auriculopuntura, variante da acupuntura - técnica das mais desenvolvidas e utilizadas hoje, que age no plano energético -, é uma técnica que trabalha certos pontos na orelha que servem tanto para prevenção quanto para tratamento de vários desequilíbrios energéticos.
A medicina tradicional chinesa considera a orelha um extremo de íntima relação com os canais de energia - é uma parte do corpo que constitui todos os outros órgãos -, cuja relação é a seguinte: Os canais Yang - intestino grosso, estômago, intestino delgado, bexiga - passam ao redor da orelha, ligando-se diretamente. Os canais Yin - pulmão, baço, pâncreas, coração, rim, fígado e órgãos sexuais - estão ligados à orelha por meio de ramificações.
Por acreditar que eram linhas imaginárias, a ciência ocidental batizou os canais de energia com o nome de meridianos. Em Paris, o Dr. Jean Claude Darras, do Hospital Neker, provou cientificamente a existência dos canais de energia com uma experiência: "Em um determinado ponto de acupuntura injetou uma substância radiativa de contraste, denominada tecnécio. A princípio, o tecnécio espalhou-se por toda a região desordenadamente; porém, outro ponto relacionado ao mesmo canal foi estimulado. Observou então que a substância se concentrou no ponto de origem e correu por um canal até alcançar o outro ponto". Com essa experiência provou-se a existência de um canal em nosso organismo que não pode ser visto a olho nu.
Por esses canais circulam energias conhecidas pelo nome Chi, em chinês, ou Ki, em japonês. O primeiro tipo de energia é o que circula junto com o ar (Yeung Tchi, em chinês). Podemos observá-lo a olho nu quando olhamos para o céu em dias ensolarados e observamos pequenos pontos prateados circulando com extrema velocidade (se você estiver em lugar livre de poluição, essa observação se tornará mais fácil). O segundo tipo provém dos alimentos (Kou Tchi), daí a importância vital de nutrir nosso organismo com alimentos naturais. Alimentos com conservantes e agrotóxicos diminuem a qualidade dessa energia.
O terceiro tipo é conhecido como energia ancestral, primordial ou vital (Yuen Tchi). Representa a potencialidade da vida do ser humano em seu nascimento. Herdamos essa energia de nossos pais no momento da união do espermatozóide com o óvulo. Ela decresce durante toda a vida, até chegar à morte natural. Essa energia vital nasce nos rins e se encontra principalmente localizada na parte inferior do abdome, entre o umbigo e o púbis. Na região chamada sede inferior ela está presente em todas as células do corpo e circula com a energia alimentar nos canais.
O lugar em que vivemos, o tipo de alimento que ingerimos, a qualidade do ar e até a forma de respirar influenciam diretamente na qualidade de nossas energias. Viver da forma mais natural possível e praticar exercícios que ajudem a melhorar a circulação física e energética, como o tai chi chuan ou o tchi kong, pode melhorar em muito nossa qualidade de vida. Lembre-se de que a energia que você produz hoje virá a ser a energia vital de seu filho.

Atendimento e aplicação dos pontos auriculares

Antes de fazer uma aplicação auricular, é necessário saber em qual das orelhas se vai trabalhar. Em princípio, deve-se observar qual o lado dominante do paciente - direito ou esquerdo. Nunca se deve aplicar nas duas orelhas ao mesmo tempo. É preciso intercalar as aplicações em uma orelha por vez, num intervalo de sete dias, no máximo.
Para localizar desequilíbrios, pode-se primeiro observar a orelha e tentar encontrar pequenas diferenças na região, como, por exemplo, pequenas manchas ou pontos pretos, escamações e até diferenças de tonalidade da pele, que a princípio podem parecer natural. Outra forma de localizar pontos que devem ser tratados é a utilização de um aparelho chamado apalpador de pressão. Constituído por uma pequena peça de metal com ponta arredondada e uma mola interna, esse aparelho exerce pressão constante. Todo ponto de aurículo é conhecido como ponto de dor; isso significa que, quando pressionado algum ponto em desequilíbrio, o paciente irá se queixar de uma pequena dor ou sentirá uma simples fisgada.
Existem várias formas de aplicação. Aqui descreveremos apenas as quatro mais utilizadas:
Agulha sistêmica - Normalmente usada no corpo, pode ser também utilizada em aurículo. Seu único inconveniente é que o paciente deverá permanecer deitado e com as agulhas na orelha por um período de 20 a 30 minutos, e a cada 5 minutos deve-se estimular e aprofundar a agulha, causando um certo desconforto.
Agulhas de uso semipermanente - Com aparência de uma pequena tachinha e uma ponta que ultrapassa l,3 milímetro, após sua aplicação deve-se cobri-la com um pequeno pedaço de fita microporo, para evitar que caia. O paciente deve permanecer com as agulhas pelo prazo máximo de sete dias e cuidar para que não haja contaminação.
Ponto esfera - Constituído por uma pequena esfera de metal, este ponto deve ser aplicado da mesma forma que a agulha semipermanente, e os resultados obtidos sãos os mesmos. A diferença é que o ponto esfera pressiona, em vez de furar, e normalmente se usa em crianças com idade até 12 anos e em adultos com orelhas sensíveis.
Ponto semente - É uma pequena semente de mostarda, usada da mesma forma que o ponto esfera, com a diferença de que este ponto deve permanecer na orelha por um prazo máximo de quatro dias. Por se tratar de material orgânico, ele pode se decompor e causar algum tipo de contaminação, e, em conseqüência, provocar inflamação na região.
Deve-se atentar para o fato de que toda e qualquer forma de aplicação não deve exceder seis agulhas. Antes de qualquer aplicação, deve-se limpar a região, de preferência com álcool a 750 GL.



Formas auxiliares no tratamento:

A acupuntura e a auriculopuntura não utilizam somente agulhas ou pontos. Outra forma auxiliar no tratamento são as normas de alimentação. Um grande erro cometido pela maioria das pessoas ao se alimentar é o hábito de tomar líquidos, principalmente gelados, durante ou logo após as refeições. Observe o que acontece quando se comete esse erro.
A princípio ocorre uma reação chamada choque térmico, que é o esfriamento do organismo de forma brusca. Nesse caso, será necessário muito mais energia para reaquecê-lo. Isso faz com que os órgãos passem por um processo de febre gastrintestinal. Esse calor febril chega ao coração, acelera seu ritmo e, assim, aumenta a freqüência da onda sangüínea para os pulmões. Dessa forma se congestionam progressivamente seus tecidos, o espaço destinado ao ar neles contido se estreita e, como decorrência, diminui a capacidade de trabalho dos órgãos respiratórios. A pele, que funciona como segundo pulmão e rim, também fica incapacitada de desempenhar suas funções por falta de uma irrigação sangüínea na superfície do corpo, devido à congestão das vísceras febris.
Outra conseqüência causada pela ingestão de líquidos durante e logo após as refeições é que o bolo alimentar se torna macio demais, o que dificulta seu trajeto e pode provocar prisão de ventre, que resulta em mais toxinas para o organismo. As frutas também devem ser evitadas, pois causam os mesmos transtornos que os líquidos. O ideal é ingerir frutas ou líquidos no máximo quinze minutos antes e no mínimo duas horas depois de cada refeição.
Observando estas regras simples, tomando refeições nas horas certas, dormindo o número de horas exigido por seu corpo, fazendo exercícios regularmente, evitando bebidas alcoólicas e fumo e trabalhando não mais do que manda o bom senso, as chances de você ter boa saúde serão enormes. Na eventualidade de um desequilíbrio, porém, o tratamento com certeza será bem mais simples e rápido.
Texto de: Wagner P. Fonseca
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sexta-feira, 23 de março de 2018

ASANAS




Ássana, asana ou asana é uma palavra de origem sânscrita (significando "sentar") que nomeia as diferentes posturas utilizadas pela ioga para suprimir a atividade intelectual. São diversos os tipos de asanas: entre os principais, estão o padmasana, o bhadrasana, o vajrasana, o virasana e o svastikasana.  Nos Ioga Sutras de Patanjali, se menciona a execução de asanas como o terceiro passo do Raja yoga.
A prática de asana desenvolve uma musculatura flexível, e ossos e tendões resistentes, bem como o massageamento de órgãos, e o equilíbrio das funções de diversas glândulas internas. A tradição indiana também enumera, como benefício, a melhoria do fluxo de prana(uma espécie de energia vital; qi em Chinês; ki em Japonês (esta informação é apenas ilustrativa, pois trata-se de filosofias distintas)) para permitir o equilíbrio dos kosha e o fluxo de energia pelas nadi (sistema circulatório energético).



Nos Ioga Sutras, Patañjali descreve asana como o terceiro dos 8 ramos do Raja Yoga Clássico. Ou outros oito ramos são yama (regras de conduta para lidar com o mundo exterior) e niyama (regras de conduta para lidar com seu íntimo), asana (posição), pranaiama(respiratório), pratyahara, (estado distração ou sensação de recolhimento), dhárána (concentração), dhyána (meditação) e samadhi(autoconhecimento pleno, megalucidez).
O ásana deve ser firme e confortável. Ele não deve ser a causa de nenhum tipo de desconforto. Qualquer retesamento ou tensão observada no corpo deve ser conscientemente relaxada. Esta posição deve ser tão confortável que você possa ficar na mesma por um longo período. O ásana deve ser um esforço de corpo e mente. A sensação de se estar absolutamente confortável é sinal de um asana perfeito. A respiração deve ser normal e ritmada, iniciada nas narinas, e terminada no abdômen. Pode-se utilizar respiração abdominal ou completa (baixa, média e alta).
De acordo com os praticantes de Hatha Yoga, quando você consegue gerenciar o controle corporal, você se libera da chamada 'dualidade dos opostos', como o calor e o frio, a fome e a gula, alegria e a tristeza, assim por diante.

SÍNDROME DE OBSTRUÇÃO DOLOROSA DO JOELHO SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)




PAINFUL OBSTRUCTION SYNDROME KNEE SECOND
TRADITIONAL CHINESE MEDICINE






Claudio Cordeiro de Moraes
Fisioterapeuta Especialista em Acupuntura pela Associação Brasileira de Acupuntura
Professor de Fisioterapia e do Curso de Pós-Graduação em Acupuntura da FRASCE – Faculdade de Reabilitação da ASCE
Coordenador do Curso de Acupuntura do Centro Universitário Celso Lisboa
Acupuntor colaborador do Laboratório de Hepatites Virais da FIOCRUZ


RESUMO

 Este trabalho tem como objetivo aprimorar os conhecimentos sobre o efeito da acupuntura na melhora do paciente com Síndrome da Obstrução Dolorosa do Joelho. O tratamento com acupuntura busca integrar a cura de diversas enfermidades através da aplicação de agulhas, que proporcionam estímulos através da pele em pontos específicos. A Síndrome de Obstrução Dolorosa é muito comum nos dias de hoje, já que vários fatores são pré-disponentes, tais como as lesões dos tecidos moles, os processos inflamatórios e processos degenerativos dentre outros. Sendo por definição uma invasão de Fatores Patogênicos Externos, a acupuntura é uma técnica que possui princípios de tratamento diferentes, dos que normalmente vemos na medicina ocidental, já que neste caso o principal fator é a invasão do corpo por Energias ditas Perversas (Energias Climáticas ou Externas), que irão afetar os Meridianos e seus colaterais, impedindo a circulação de Qi e Xue, estagnando assim a Energia circulante do corpo e, consequentemente, provocando a dor. Esta técnica demonstra-se eficaz quando utilizada como forma de tratamento para analgesia, devido contribuir para a diminuição do quadro álgico.


 Palavras-chave: síndromes dolorosas; acupuntura; dor; algias..

ABSTRACT

This work aims to improve knowledge about the effect of acupuncture improving Painful Obstruction Syndrome Knee patient. The acupuncture treatment attempts to integrate the cure of various diseases through the use of needles providing stimulations through the skin at specific points. Painful Obstruction Syndrome is very common nowadays, as several factors are pre-predisposing, such as soft tissue injury, inflammatory processes and degenerative processes among others. Being by definition an invasion of External Pathogenic Factors, acupuncture is a technique that has different principles of treatment, those who normally see in western medicine, as in this case the main factor is the invasion of the body by said Perverse Energy (Climate Energy or External), which will affect the Meridians and their side, preventing the movement of Qi and Xue, thereby stalling the energy of the body stock and consequently causing pain.This technique proves to be efficient when used as a treatment for pain due to contribute to the reduction of pain.

Key Words: Pain Syndromes; acupuncture, pain, pains.




INTRODUÇÃO

Segundo Maciocia[8], a “Síndrome da Obstrução Dolorosa” indica dor, sensibilidade ou formigamento dos músculos, tendões e juntas, devido à invasão externa de Vento, Frio ou Umidade. Sendo, provavelmente, uma doença de cunho universal que pode comprometer a todos os indivíduos em alguma fase de sua existência, proveniente da exposição de Fatores Climáticos, que surgem após algum desequilíbrio energético.
            A Síndrome de Obstrução Dolorosa, também chamada de “Bi”, pelos antigos Acupuntores, transmite as idéias de obstrução, que caracterizarão o aparecimento de dores, aumento da sensibilidade e/ou formigamento (parestesia), provenientes da obstrução na circulação de Qi e do Sangue (Xue) nos meridianos causados por invasão das Energias Perversas do tipo Frio, Vento ou Umidade.
Bi significa Obstrução. Os três males (Vento, Frio e Unidade) invadem o corpo, obstruem os meridianos, o Qi e o Sangue (Xue) não podem circular, de tal forma que após algum tempo, a Síndrome de Obstrução Dolorosa se desenvolve (MACIOCIA, 1996).
A articulação do joelho é a articulação do corpo humano mais solicitada, mas ao mesmo tempo funcional e morfologicamente a menos protegida. Sua estabilidade e seu comportamento funcional só são garantidas em pequena escala, através da estrutura das partes ósseas articulares, sendo dependente das estruturas moles ao redor para lhe dar estabilidade (cápsula, ligamentos e músculos). As causas freqüentes de acometimentos são as lesões ligamentares e meniscais, processos inflamatórios, processos degenerativos na cartilagem com proliferações ósseas, tais como a gonartrose, traumas, perturbações secundárias e dores irradiadas.
Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a dor é vista como conseqüência de  interrupção de processos biológicos nos quais sua normalidade depende de duas substâncias: Qi e Sangue (Xue), que são fundamentais para o funcionamento fisiológico do organismo e flui por todo ele de modo contínuo e ininterrupto. Quando fluem livremente não existe dor.
Segundo Auteroche[2], a dor é um sintoma subjetivo muito freqüente que pode manifestar-se em qualquer parte do corpo e pode ser causada por plenitude, onde a invasão de Energia Perversa de origem externa, obstrui os meridianos e os colaterais impedindo a circulação do Qi e Xue  ou vazio de Energia, causado por insuficiência do Qi e Xue ou a diminuição de Yin Jing que fazem com que os Zang Fu, os meridianos e os colaterais não sejam alimentados.
Cada parte do organismo está relacionada com os Zang Fu, Meridianos e Colaterais. A localização da dor tem, então, valor para diagnosticar o órgão ou o meridiano em desequilíbrio, bem como a parte do corpo  relacionada a ele.
Uma dor nos membros, seja articular, muscular e/ou dos meridianos, é provocada pela penetração do Vento, do Frio e da Umidade, que detém a circulação do Qi e Xue.

ORIGENS DA DOENÇA
As concepções ocidental e chinesa, acerca das origens das doenças, são muito diferentes. A harmonia é o objetivo fundamental do misticismo, da filosofia e da Medicina Tradicional chinesa.O pensamento chinês vê a doença como a desarmonia; como um estado de desequilíbrio na interação entre o corpo e o meio ambiente.
A MTC tem como objetivo a percepção precisa dos padrões de desarmonia, assim como a classificação e o tratamento, a fim de restaurar a harmonia em todos os sentidos para o indivíduo, procurando sintetizar o mais completo possível um padrão de desarmonia, não procurando diferenciar intensamente a causa e o efeito, assim como, não procura as causas com tanta intensidade, mais sim os Fatores de Doença. Procura relacionar o corpo como sendo parte integral de um padrão global.
 
FATORES DE DOENÇAS

São os fatores que estão relacionados com a origem da desarmonia do corpo. A MTC, considera três grupos principais de Fatores de Doença: Fatores de Doenças Externos, Fatores de doenças Internos, Fatores de Doenças nem Internos nem Externos (mistos).
O inter-relacionamento entre o indivíduo e o meio ambiente pode ser arbitrariamente dividido em fatores que são EXTERNOS quando surgem do ambiente, INTERNOS que surgem dentro do corpo e MISTOS em que participam os fatores internos bem como os do meio ambiente e estas três categorias estão relacionadas com o clima, emoções e estilo de vida (ROSS)3

ANAMNESE E EXAME FÍSICO DIRECIONADOS

            De acordo com Filho [4], a história do sintoma deve ser dirigida, porém muito específica e detalhada para prover dados necessários ao diagnóstico rápido e objetivo. É preciso conhecer todos os detalhes da queixa apresentada, pois cada detalhe se remete a uma determinada patologia, profundidade da doença, grau e local de acometimento, agente etiológico atuante, evolução da patologia e nível de resposta que se espera do tratamento.
            Deve-se levar em consideração os seguintes tópicos a serem avaliados: localização da dor, irradiação da dor, palpação do local da dor para o diagnóstico de Vazio ou Plenitude, diagnóstico do Agente Perverso, Existência de Edemas, Temperatura do Corpo, possibilidades de ausência de movimentos total e ou parcial em função dos acometimentos álgicos, idade do paciente e correlação com o sintoma.

BASES PARA O TRATAMENTO:
A escolha de pontos para o tratamento é feita a partir da escolha de cinco grupos possíveis: pontos distais, pontos locais, pontos adjacentes, pontos de acordo com o padrão e pontos gerais (MACIOCIA,1996). Devemos levar em consideração os pontos denominados de acordo com o padrão, já que a Síndrome de Obstrução Dolorosa, é causada por invasão das Energias Perversas do tipo Frio, Vento ou Umidade, já descritas anteriormente.

Tratamento da Síndrome de Obstrução Dolorosa do Tipo Vento:
Devemos escolher pontos que em sua ação geral, tenham a capacidade de expelir o vento, tais como: B 12, VB 31, VG 14, TA 6, P 5 e VB 38. Nos casos agudos devemos utilizar o método de sedação e nos casos crônicos utilizar o método neutro.

Tratamento da Síndrome Dolorosa do Tipo Frio:
Devemos escolher pontos que em sua ação geral, tenham a capacidade de expelir o frio, tais como: E 36, VC 6, ID 5, B 10, VG 14, VG 3, B 23, VC 4. Utilizar conjuntamente o método de tonificação e moxabustão.

Tratamento da Síndrome Dolorosa do Tipo Umidade:
Os pontos utilizados são: BP 9, BP 6, VB 34, E 36, B 20, que tem a indicação de secar a umidade do corpo, utilizando o método de sedação nos casos agudos e neutro nos casos crônicos. Podendo utilizar  Moxa.

De acordo com Maciocia (1997) no tratamento da articulação do joelho, quando  a dor for proveniente de invasão de fatores patogênicos, a dor é mais frequentemente unilateral ou pior em um dos lados, com início repentino, podendo ocorrer de uma combinação de fatores, isto é, de uma invasão exterior de frio e umidade, bem como de uma estagnação local prévia de Qi, devido a um acidente antigo.
A estagnação local de Qi e Sangue, constituem outra causa local, em decorrência da “superutilização da junta”.
Em relação ao tratamento, devemos dar prioridade à identificação do Meridiano comprometido em relação ao local de dor. Que pode ser o Meridiano do Estômago, caso a dor seja na região anterior e acima do joelho, já na face interna do mesmo teremos os Meridianos do Fígado e Baço-Pâncreas, na face externa o Meridiano da Vesícula Biliar e na face posterior os Meridianos da Bexiga e  dos Rins.

RELATO DE CASO:

            Paciente L.C.M, submeteu-se a avaliação de Acupuntura, relatado que há mais de 12 meses, apresentou fortes dores no joelho direito, que piorava com o frio e aos esforços. Apresentava diagnóstico de Gonartrose em joelho esquerdo. No momento da avaliação apresentava dores fortes, que a impossibilitava de deambular normalmente e apesar dos vários procedimentos clínicos e Fisioterapêuticos, sem que houvesse melhorado quadro álgico.
            Na avaliação subjetiva de dor, na escala de zero a dez pontos, onde zero pontos, representa ausência de dor , de um a três pontos, dor leve, quatro a seis pontos, dor moderada e sete a dez pontos, dor intensa. No relato subjetivo o paciente relatou apresentar oito pontos.

MATERIAIS E MÉTODOS

            Após avaliação da função energética, onde ficou caracterizado ser uma invasão de frio e vento, o que caracterizaria a Síndrome de Obstrução Dolorosa, deu-se início ao tratamento pela Acupuntura, realizado sempre pela manhã, com a freqüência de duas vezes por semana, com a duração de 30 minutos cada atendimento.
            O tratamento foi realizado durante dois meses, com a utilização de pontos destinados ao equilíbrio energético, provenientes da avaliação do pulso patológico e de pontos que tinham como objetivo, expulsar o vento e frio interno, tais como os relatados anteriormente.

RESULTADO

Após início do tratamento, o paciente já relatava melhora parcial de suas dores e no quinto atendimento de Acupuntura, a paciente apresentava diminuição do quadro álgico de intenso para moderado, isto é, de oito para seis pontos e melhora dos movimentos do joelho, já podendo caminhar com mais facilidade.
Ao final do prazo marcado para seu último atendimento, o paciente, relatou, grande melhora do quadro álgico, com 2 pontos na escala subjetiva da dor, tendo passado de dor moderada para dor leve, com melhora nos movimentos de flexão e extensão do joelho e melhora da marcha, tendo voltado a praticar as suas atividades laborais com maior desempenho.

CONCLUSÃO

            A acupuntura mostrou ser um tratamento adequado para o controle da dor, contribuindo para a melhora da qualidade de vida. Apesar de continuar o tratamento Fisioterapêutico, o controle da dor, só foi mais específico, quando associado ao uso da acupuntura. Este estudo de caso, demonstra que a Acupuntura tem um papel importante, no tratamento e controle da dor, apresentando um resultado positivo, na manutenção da saúde do paciente, bem como na melhoria da sua capacidade laborativa e reintegração a sociedade, através da melhora da qualidade de vida do paciente. A acupuntura além de tratar a dor, trata também outras patologias, já definidas e homologadas pela OMS.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. AUTEROCHE, B.,  AUTEROCHE, M. Guia Prático de Acupuntura e Moxibustão. SP
Ed. Andrei, 1996.

2. AUTEROCHE, B.,  O Diagnóstico na Medicina Chinesa. SP, ed. Andrei, 1992.

3. CHAITOW, Leon. O Tratamento da Dor pela Acupuntura. SP, ed. Manole, 1984.

4. FILHO, Arnaldo Marques. Pronto Atendimento em Acupuntura.SP, Ed. Roca,2009

5. KITZINGER, Erich. Acupuntura em Ortopedia. SP, ed. Andrei, 1996.

6. KUSHI,  Michio. O Livro do DO-IN. SP, ed. Ground, 1986.

7. MREJEN, Didier. Acupuntura em Reumatologia. SP, ed. Andrei. 1978.

8. MACIOCIA, Giovanni. A Prática da Medicina Chinesa.SP, Ed. Roca 1996.

9. MACIOCIA, Giovanni. Os Fundamentos da Medicina Chinesa.SP, Ed. Roca 1996.

10. MANN, Félix. Acupuntura. SP, ed. Hemus. 1982.

11. SUSSMANN, David J. Acupuntura Teoria e Prática. B. Aires, ed. Kier, 2000.

quinta-feira, 22 de março de 2018

OS VÁRIOS ESTILOS DE YOGA




Hoje, existem centenas de escolas diferentes de yoga, são linhagens de linhagens, estilos fundidos com outro estilos e novos estilos surgindo a cada dia. Devido ao grande número de estilos, é muito difícil para os iniciantes escolherem qual tipo de yoga praticar e como não existe estilo melhor ou pior, descrevemos abaixo os 9 principais estilos de yoga mais divulgados.
A Resolução 69/131 da ONU, reconhece que o Yoga proporciona uma abordagem holística da saúde e bem-estar, e que uma maior conscientização sobre os benefícios da prática de Yoga seria benéfica para a saúde da população mundial.
Benefícios do Yoga – Melhora a função cerebral, abaixa os níveis de estresse, altera a expressão genética, aumenta a flexibilidade, abaixa a pressão arterial, aumenta a capacidade pulmonar, melhora as funções sexuais, redução das dores crônicas, alivia a ansiedade, abaixa o nível de açúcar no sangue, melhora o equilíbrio, deixa os ossos mais fortes, reduz o risco de doenças cardíacas.
Também reconhece que a saúde global é um objetivo a ser desenvolvido em longo prazo e requer a cooperação internacional por meio do intercâmbio de melhores práticas que visem a construção de um melhor estilo de vida individual.

1. Ashtanga Yoga

Ashtanga Yoga é um sistema de yoga introduzido no ocidente por Sri K Pattabi Jois, uma das figuras mais influentes no mundo da Yoga. É uma aula intensa, ideal para quem gosta de movimento e desafios.
Segue uma sequência de posturas dinâmicas que fluem de uma para outra sincronizando movimento com respiração, gerando muito calor corporal e suor.
É ideal para quem gosta de uma prática vigorosa e de suar muito. Melhora o condicionamento físico, força e flexibilidade, além da capacidade respiratória e de concentração.

2. Iyengar Yoga

Iyengar Yoga é o sistema de Yoga introduzido por B.K.S Iyengar. Neste método, o ponto forte é a permanência nas posturas. Tem uma abordagem bastante detalhista e rigorosa, caracterizada pela precisão do alinhamento corporal em cada postura.
É indicado para quem prefere focar mais na precisão dos movimentos do que na repetição e para pessoas com restrições por conta de problemas crônicos na cervical ou na região lombar.
Melhora o condicionamento físico, força e flexibilidade, além de combater dores nas costas causadas por má-postura.

3. Hatha Yoga

É considerado o yoga clássico, o mais popular no ocidente. As posturas são mais básicas e em menor número quando comparado a outros estilos. A idéia é preparar o praticante para o controle consciente do corpo.
É ideal para iniciantes que possuem foco maior no corpo, pois melhora o condicionamento físico, força e flexibilidade, além de aumentar a capacidade de concentração e o controle racional sobre emoções e desejos.

4. Kundalini Yoga

É o ramo especializado no despertar de energias latentes no sistema nervoso central. Enfatiza a junção dos movimentos físicos com a respiração focada em cada chakra.
Esse estilo combina com pessoas que buscam um trabalho não só físico, mas também espiritual e energético.
Ideal para pessoas introspectivas e que buscam a expansão da consciência. Sua prática limpa e revigora o organismo, fortalece e alonga o corpo.

5. Power Yoga

Também conhecido como Flow Yoga ou Vinyasa Flow, o Power Yoga é muito comum nas academias de ginástica. É inspirado no Ashtanga, porém não segue uma sequência fixa de posturas.
É uma aula dinâmica, com música e sequências de posturas variadas que promovem um intenso trabalho aeróbico e muscular.
Indicado para alunos intermediários que desejam melhorar condicionamento físico, força e flexibilidade, o Power Yoga ainda ajuda a combater dores nas costas causadas pela má-postura.

6. Raja Yoga

É uma linha de yoga mais espiritual, com foco no desenvolvimento do espírito e mente, não do corpo. Consiste na técnica completa definida nas escrituras de Patañjali. As aulas são menos dinâmicas, com foco em meditação e contemplação.
Combina com pessoas introspectivas e que não fazem questão de exercícios físicos, costuma agradar pessoas que já meditam ou que desejam aprender.
A prática do Raja Yoga é ótima para tratar insônia, acalmar a mente e aumentar a capacidade de concentração.

7. Tantra Yoga

A palavra “tantra” significa “teia, tecido ou rede”, indica a ideia de fios entrelaçados formando um todo.
O tantra yoga é uma modalidade de yoga centrada no balanceamento de toda essa teia, não é destinada aos praticantes iniciantes e deve ser sempre realizada sob supervisão de um profissional qualificado, pois pode despertar diversos sentimentos armazenados no subconsciente do praticante (o que pode se tornar algo desconfortável para alguns)
É indicada para quem busca uma abordagem voltada ao controle da energia latente do organismo, traz benefícios físicos, aumenta o controle da respiração e da energia latente, além de desenvolver a capacidade de concentração.

8. Bhakti Yoga

É uma prática devocional na qual o praticante empenha-se em ver o Divino em todas as coisas ao redor e em si mesmo. É o yoga da devoção, do amor à Deus e à todos os seres. O Bhakti yoga se tornou conhecido no mundo todo devido ao movimento Hare Krishna.
Ideal para praticantes que têm alguma afinidade com a religião, sua prática traz paz e outros benefícios diversos que variam de acordo com a religiosidade do praticante.

9. Laya Yoga

Laya em sânscrito significa “união com a quietude, repouso, atenção contemplativa”. O método consiste em práticas suaves de relaxamento, musicoterapia, mantras, palavras de auto-confiança, técnicas de respiração e redução de batimentos cardíacos.
O objetivo do Laya yoga é eliminar gravações negativas de nossa mente e subconsciente e gravar imagens positivas de saúde, alegria e paz.
É ideal para pessoas que procuram um yoga com caráter relaxante, sem ênfase em posturas físicas, sua prática ajuda no controle da ansiedade e estresse, na reposição e reequilíbrio da energia, além de melhorar o bem-estar físico e mental do praticante.



ACUPUNTURA NA DOR - MECANISMOS DE AÇÃO



Umas das explicações é que acupuntura agiria como um estímulo nociceptivo, estimulando a fibra A delta, cujos impulsos trafegam mais velozmente do que os estímulos de dor carregados pelas fibras C não mielinizadas, e através de conecções neuronais dentro do mesencéfalo, geraria um impulso inibitório descendente, gerando analgesia. Isso em parte explicaria por que uma agulha espetada em um local longe do sítio de dor poderia levar à analgesia do mesmo. A acupuntura também estimularia a liberação de opióides endógenos e neurotransmissores como serotonina, o que explicaria o mecanismo de controle da dor aguda e crônica, além de possíveis ações em distúrbios depressivos. Outros estudos demonstraram que níveis de endorfina e encefalina no líquor são influenciados pela acupuntura e cujos efeitos são bloqueados por naloxone. Por outro lado, a presença de uma agulha pode ser interpretada como um estímulo imunomodulador, ativando a liberação de
fatores mediadores de inflamação localmente, além da elevação de ACTH e conseqüentemente corticosteróide endógeno.





quarta-feira, 21 de março de 2018

CROMOTERAPIA AURICULAR



A Cromoterapia é uma ciência que se utiliza das cores para reestabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções.
A Cromoterapia utiliza das cores para fins de ativar os recursos físicos e psíquicos de cada um, despertando a capacidade de auto-equilíbrio (homeostasia).
As cores são utilizadas para fins de avaliação e tratamento, sendo citadas em tratados chineses, egípcios e hindus com mais de cinco mil anos, aparecendo, também, no Ocidente, na Grécia e Roma antigas, empregada conjuntamente com a musicoterapia*. Mais modernamente, em 1877, surge o primeiro livro sobre o tema, de S. Pancoast, e, um ano mais tarde, um livro do norte-americano Edwin Babbitt, mas foi o indiano P. Ghandiali quem estruturou a Cromoterapia, com explicações científicas e o uso de lâmpadas coloridas, publicando suas conclusões em 1933.

A absorção é feita por meio de incontáveis centros receptores/emissores de energia distribuídos por todo o corpo, sendo que cada cultura valorizou diferentemente este aspecto: nas correntes hindus, mesmo sabendo serem infinitos estes centros energéticos, são destacados sete emissores/receptores, cada qual correspondendo a um determinado corpo sutil, que recebem os nomes de “chacras”: 

O básico, de cor vermelha, situado na base da coluna; o esplênico, laranja, que se localiza no lado esquerdo, altura da cintura,o do plexo-solar, amarelo; o cardíaco, cor verde ou rosa; o laríngeo, de cor azul; o “terceiro olho”, índigo, entre as sobrancelhas; e o coronário, violeta ou dourado ou branco, no topo da cabeça

Os chineses, por sua vez, valorizaram cinco “chacras”, mas deram destaque predominante a determinados “pontos” chaves de entrada e saída de energia, que hoje chamamos de “pontos de Acupuntura*" , espécies de “minichacras” que interligam infinitos “caminhos” de energia vital que se irradiam por todo o corpo. Tais “pontos” são acionados não só pelas conhecidas agulhas, como também pelas cores correspondentes, catalogadas pelos chineses na milenar visão psicossomática denominada Os Cinco Movimentos (geralmente mal traduzida como “cinco elementos chineses”), onde cada movimento corresponde a determinadas características psíquicas e físicas, bem como cosmológicas, relacionando emoções e partes do corpo a cores, sons, aromas, sabores, temperaturas, estações do ano, etc: 

O movimento Madeira, cor verde, fígado e vesícula, emoções ligadas à extroversão; movimento Fogo, vermelho, coração e intestino delgado, excitação/apatia; movimento Terra, amarelo, baço-pâncreas e estômago, parte mental; movimento Metal, branco, pulmão e intestino grosso, emoções introspectivas; movimento Água, preto/azul, rins e bexiga, medo/força. Desse modo, os chineses antigos faziam uso de alimentos, roupagens e ervas terapêuticas, escolhidas, dentre outras características, pelas suas cores, as quais serviam como indicadores de suas propriedades terapêuticas

Na cromoterapia auricular os pontos selecionados pelo terapeuta recebem o toque de uma caneta com uma ponta de cristal, que emite luz colorida. Dentro da visão da Medicina 

Tradicional Chinesa, os órgãos e vísceras são representados por vários atributos, entre eles as cores e os alguns cinco elementos chineses. Juntando esses pontos, temos a seguinte relação:

Cores e os 5 Elementos:

Após traçar uma linha de tratamento, usar as cores dos cinco elementos chineses como estímulo em sua seleção de pontos.

Madeira - Verde - Fígado / Vesícula Biliar
Fogo - Vermelho - Coração / Intestino Delgado
Terra - Amarelo - Baco e Pâncreas / Estômago
Metal - Branco - Pulmão / Intestino Grosso
Água - Azul Escuro - Rim / Bexiga

Sedação e Tonificação:

Cores  Quentes Tonificam – Vermelho, Laranja e Amarelo

Cores Frias Sedam – Azul, azul escuro e roxo

Verde – Intermediário entre as cores frias e quentes é utilizado em pontos especiais para iniciar um tratamento. 

É possível diagnosticar com qual cor o paciente deve ser tratado de acordo com os 5 Elementos: Se um paciente sente necessidade de comer alimentos vermelhos ou de usar a cor vermelha, isso significa que o elemento Fogo está em deficiência, podendo então o coração, intestino delgado, Pericárdio ou Triplo Aquecedor estar em deficiência. Porém, se o indivíduo rejeita a cor vermelha em qualquer situação, isso pode significar um elemento fogo em excesso.

Com isso, aprendemos que: SE HOUVER DEFICIÊNCIA DO ELEMENTO –> Haverá necessidade de usar a cor à ele relacionado.
SE HOUVER EXCESSO DO ELEMENTO –> Haverá rejeição da cor à ele relacionado.

Se quisermos tonificar um órgão –> Podemos utilizar a cor ao elemento relacionado à este órgão ou seu órgão mãe.

Se quisermos sedar um órgão –> devemos usar a luz de acordo com o elemento do seu órgão Avô.

A Cromoterapia é uma Ciência, e como tal merece estudo detalhado e coerente. Sua simples aplicação não deve ser motivo para a falta de atenção ou ainda para expor pacientes à a uma terapia errada por falta de conhecimento. Se o terapeuta não sabe que luz usar, a melhor opção é mantê-la apagada.

Harmonização Cerebral 

Shen Men, Occipital e Rim – Vermelho
Tronco Cerebral e Adrenal – Laranja

REIKI - BENEFÍCIOS E PRINCÍPIOS



Cada vez mais pessoas certamente já devem ter ouvido falar a respeito do Reiki. Entretanto, poucas sabem a respeito do surgimento desta prática e tudo que ela significa para a saúde tanto física quanto espiritual.
Para que você possa conhecer mais detalhes sobre o Reiki, preparamos algumas informações básicas quanto a esta, que se transformou em uma das terapias holísticas mais procuradas no mundo. Confira!


O que é Reiki e qual sua origem?

A prática do Reiki foi criada em 1922 pelo monge budista japonês Mikao Usui, fundamentando-se na crença quanto à existência da energia vital universal, simbolizada em japonês por “ki” e manipulável através da imposição de mãos.
O Reiki é uma técnica japonesa de relaxamento do corpo e da mente que, segundo seus adeptos, também promove a cura. Baseia-se na ideia de que uma “energia da força vital” não conhecida flui através de nós.
Desta forma, os adeptos do Reiki consideram que a energia vital possa ser canalizada através da imposição de mãos realizada sobre determinada pessoa.

Quem pode aplicar Reiki?

Embora seja uma prática espiritual, não é necessário ser budista ou membro de qualquer outra religião para aplicar Reiki. Todas as pessoas, desde que em boas condições de saúde física e mental, poderão aplicá-lo.
Como em toda atividade espiritual, o que prevalece é a boa intenção e o desejo profundo de proporcionar à pessoa que deseja receber uma sessão da terapia, o máximo cuidado e canalização de energias benfazejas no intuito dela receber a energia vital indispensável para a saúde.
Entretanto, o recomendável que é apenas os Mestres Reiki, ou seja, as pessoas que obtiveram formação específica para esta prática, sejam responsáveis pela imposição de mãos.

Como é uma sessão de Reiki?

Antes de mais nada, é preciso mencionar que uma sessão não vai além da imposição de mãos feita por uma pessoa devidamente capacitada para isso. Logo, não é utilizado qualquer tipo e objeto ou prática que possa oferecer riscos à saúde e bem-estar do paciente.
O objetivo da imposição de mãos é manipular as energias para canalizá-las nos centros de força do paciente – os Chakras¬ – localizados em determinados locais do corpo.
Desta forma, durante uma sessão de Reiki, o aplicador irá impor as mãos ou tocar suavemente algumas partes do corpo, tais como: Cabeça, mãos, pés, costas e tórax.
Toda sessão é realizada de acordo com princípios éticos, sempre mantendo extremo respeito pelo paciente que será atendido.
Durante a sessão de Reiki não é necessário uso de roupas especiais e muito menos que o paciente as tire. O único requisito é retirar os calçados.

Reiki funciona?

Nos últimos anos, a ciência vem comprovando como o funcionamento dos Chakras são fundamentais para a saúde do nosso corpo, atestando toda sabedoria budista já revelada no início do século passado.
É comprovado que o Reiki proporciona inúmeros benefícios tanto para a saúde física quanto espiritual, auxiliando no tratamento de várias doenças e proporcionando muito mais qualidade de vida para as pessoas.
É importante frisar que não há qualquer tipo de restrição quanto à terapia. Ela é absolutamente indicada para adultos, idosos, jovens e até bebês.
Uma questão interessante é que ele também pode ser aplicado em animais e plantas, atuando de maneira a purificar o ambiente, proporcionando imenso bem-estar para todos que nele moram ou trabalham.
Por isso, não tenha dúvida! Essa terapia consiste num trabalho sério e totalmente embasado com informações científicas, garantindo máxima segurança para todas as pessoas que procuram por esta agradável terapia.

OS 5 PRINCÍPIOS DO REIKI

O reiki é uma terapia holística que tem por objetivo proporcionar bem-estar, aliviando sintomas do stress, dores crônicas, favorecer a cura de doenças e também propor uma nova filosofia de vida.
Esta terapia tem sido cada vez mais procurada pelas pessoas que buscam por um legítimo processo de autoconhecimento e conexão com sua essência interior.
Os cinco princípios do reiki buscam atuar no corpo físico, mental, emocional e espiritual no intuito de proporcionar aos indivíduos, um tratamento que possa abranger todos os aspectos do Ser. Estes princípios são:

1º Princípio: Só por hoje, não fique com raiva

Este é o primeiro ensinamento sobre os cinco princípios do reiki, que muitas vezes pode até parecer impossível de ser seguido. No entanto, o primeiro passo é começar a trabalhar internamente para compreender as razões que originam a raiva.
Por se tratar de uma energia altamente negativa, a raiva é uma espécie de bloqueadora das energias de cura, o que prejudica todo e qualquer tratamento.
Uma boa estratégia para lidar com a raiva é procurar compreender que cada pessoa se encontra em determinada fase de aprendizado evolutivo e cada uma poderá oferecer apenas aquilo que internamente construiu.
No fim das contas, somos todos aprendizes da vida e buscar agir com paciência e tolerância é imprescindível para obter paz mental.

2º Princípio: Só por hoje, não fique preocupado

O segundo entre os 5 princípios consiste em lembrar-nos de que tudo que acontece na nossa vida possui uma razão, já que sempre conterá uma lição a nos ensinar.
De acordo com os princípios, perdemos um tempo precioso quando lamentamos o passado e ficamos ansiosos com o futuro, já que tais situações nunca estarão ao alcance de nossas mãos. Tudo o que importa é o presente e o que podemos fazer com ele.

3º Princípio: Só por hoje, sinta gratidão pelas bênçãos que recebe

Somente o verdadeiro sentimento de gratidão poderá atrair abundância em todos os sentidos. Por isso, para que o ser humano possa conquistar bem-estar físico é espiritual, é indispensável buscar seguir esta atitude que está estre os cinco princípios: Agradecer.
Muitas vezes, olhamos para aquilo que nos falta. Em nossas orações, pedimos inúmeras coisas, mas esquecemos de agradecer pelo que já temos. A regra é muito simples: Recebemos o que emitimos.
Logo, se emitimos mesquinhez, atrairemos miséria. Se emitimos gratidão, atrairemos bênçãos.

4º Princípio: Hoje e sempre, trabalhe com dedicação e honestidade

Quando somos honestos com os outros, somos acima de tudo honestos conosco mesmo. Para entender o motivo pelo qual o trabalho dedicado e honesto está entre os 5 princípios, basta pensar na seguinte situação:
Imagine você contratando os serviços de determinada pessoa. Você sempre desejará receber o melhor possível. Todos sabemos como pode ser prejudicial e desgastante um trabalho mal feito. Desta forma, por que não faríamos o mesmo?
Quanto recebemos um trabalho para executar, independentemente da sua natureza, devemos executá-lo da melhor forma, sem jamais prejudicar outra pessoa para atingirmos nossas metas e objetivos.

5º Princípio: Hoje e sempre, seja gentil e mostre gratidão com todos os seres vivos

A gentileza é considerada como o amor em ação. Todos nós adoramos receber atitudes gentis e sabemos como nos sentimos bem com elas.
Outro entre os 5 princípios do reiki tem como base a lei do retorno. Ou seja, recebemos bênçãos e gentilezas da vida quando adotarmos a mesma postura para com nossos semelhantes.
Após conhecer princípios fica fácil perceber porque esta terapia abrange uma nova filosofia de vida, já que muito além de favorecer a cura e o bem-estar, ela promove um autêntico processo de autoconhecimento.


4 BENEFÍCIOS DO REIKI

Os benefícios do Reiki, uma prática espiritual originada no Japão e amplamente difundida na grande maioria dos países do mundo, sem dúvida alguma atua de maneira eficaz e altamente positiva na vida de inúmeras pessoas.
Esta prática está baseada na crença quanto à existência da energia vital universal que, de acordo com os ensinamentos antigos, pode ser manipulável através da imposição de mãos feita pelos chamados Mestres de Reiki.
Trazendo a origem do termo para o português, Reiki corresponde a “energia vital divina”, ou seja, através desta prática é possível ativar todos os recursos energéticos que já nos foram concedidos pela Inteligência Universal.
Para que você possa saber um pouco mais sobre esta técnica que vem sendo procurada como forma de tratamento alternativa para inúmeras doenças, falaremos sobre os maiores benefícios.

1 – Redução do estresse

Um dos inúmeros benefícios do Reiki, oferecidos em sua aplicação, consiste na diminuição significativa dos níveis de estresse.
Isso é possível pelo fato deste método terapêutico atuar na transformação de energias ruins em boas, o que proporciona maior serenidade e segurança para que as pessoas possam lidar com situações difíceis às quais todos nós estamos sujeitos.

2 – Tratamento de doenças

Através da imposição de mãos, os Mestres de Reiki atuam nos campos energéticos do corpo, os chamados Chakras, termo amplamente conhecido entre os orientais.
Os Chakras são responsáveis pela harmonia e equilíbrio do nosso corpo físico e espiritual.
Desta forma, para tratar doenças ou até mesmo manter a saúde, é indispensável que eles estejam equilibrados e é justamente este um dos benefícios: Equilibrar nossos centros energéticos.
Ao todo, o corpo possui 7 Chakras, que são: Coronário, Frontal, Laríngeo, Cardíaco, Umbilical, Sexual e Básico.
De acordo com as práticas de Reiki, harmonizar cada um destes centros de força é fundamental para oferecer a cura ou até mesmo alívio quanto aos principais sintomas de doenças graves, como o câncer, por exemplo.

3- Melhora a qualidade de vida

Pelo fato do Reiki se tratar de uma terapia holística atuante na prevenção e tratamento de doenças através da proposição de uma nova filosofia de vida, baseada nos cuidados com o corpo e o espírito, outro dos benefícios do Reiki também envolve propiciar o aumento da qualidade de vida.
Ao harmonizar os centros de força, o Reiki proporciona muito mais disposição para os adeptos desta terapia, favorecendo a prática de atividades físicas e também mais atenção quanto à alimentação saudável.
Esta prática terapêutica também garante um sono mais tranquilo, pois após uma sessão de Reiki, o corpo fica muito mais leve, propício para um descanso revigorante.

4 – Menos doenças, mais saúde

O Reiki também melhora a circulação sanguínea e atua na desintoxicação dos principais órgãos do corpo.
O fortalecimento do sistema imunológico também é um dos excelentes benefícios do Reiki. Isso ocorre porque, durante a sessão, o corpo passa por uma verdadeira “faxina energética”, fazendo com que inúmeros agentes nocivos à saúde sejam prontamente eliminados.

Contraindicações do Reiki

É interessante ressaltar que não há qualquer contraindicação quanto à terapia com Reiki, sendo que bebês, crianças, jovens, adultos e idosos poderão usufruir de todos os benefícios desta técnica que tem ajudado cada vez mais pessoas a melhorarem a saúde física, mental e espiritual.

http://www.reikieterapia.com/reiki/
Rio 21/03/2018




DOR, INTERPRETAÇÃO E COMPARAÇÃO PELA MTC





Parte 1

INTRODUÇÃO

A dor continua sendo uma das grandes preocupações da humanidade. Desde os primórdios do ser humano, conforme sugerem alguns registros gráficos da pré-história e os vários documentos escritos anteriormente, o homem sempre procurou esclarecer as razões que justificassem a ocorrência de dor e os procedimentos destinados a seu controle. A expressão da dor varia não somente de um indivíduo para outro, mas também de acordo com as diferentes culturas.
A ocorrência de dor, especialmente crônica, é crescente, talvez em decorrência de novos hábitos de vida, maior longevidade do indivíduo, prolongamento de sobrevida dos doentes com afeções clínicas naturalmente fatais, modificações do ambiente em que vivemos e, provavelmente, do reconhecimento de novos quadros dolorosos e da aplicação de novos conceitos que traduzam seu significado. Além de gerar estresses físicos e emocionais para os doentes e para os seus cuidadores, a dor é razão de fardo econômico e social.
Considerando-se que o grande motivo que traz o paciente á clínica de Acupuntura é a dor, torna-se urgente a sua compreensão e a relação entre as Medicinas Ocidental e Chinesa sob esse aspecto. Esse entendimento pode ser o diferencial da eficácia do tratamento proposto.


A DOR: PERPECTIVA OCIDENTAL


De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor, podemos definir a dor como uma experiência pessoal e particular de sofrimento físico, sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual atual ou eminente. Por ser subjetiva, não existe uma maneira precisa de mensurá-la, as respostas são individuais e influenciadas pelas constituições fisiológica, psicológica, cultural e espiritual da pessoa que sofre a dor.
Evitar a dor é uma necessidade humana básica. Embora uma pessoa possa sobreviver com dor, a sua presença interfere no bem-estar do indivíduo, e se for constante passa a ser o ponto focal da vida da pessoa, o que desorganiza a sua capacidade de se alimentar, de dormir ou de desempenhar atividades. Alguns pacientes podem adaptar-se à dor, através do desenvolvimento de um elevado autocontrole, suprimindo os sinais de sofrimento, ou apenas permanecendo prostrados ou mais quietos que o habitual, devido ao esgotamento físico e mental causados pela doença.
A dor afeta pelo menos 90 % dos indivíduos durante algum momento da sua vida e em 40% deles, tem duração superior a um dia. Ela constitui a causa principal de sofrimento, incapacitação para o trabalho e ocasiona graves conseqüências psicossociais e econômicas. Muitos dias de trabalho podem ser perdidos por aproximadamente 40% dos indivíduos. Não existem dados estatísticos oficiais sobre a dor no Brasil, mas a sua ocorrência tem aumentado substancialmente nos últimos anos. A incidência da dor crônica no mundo oscila entre 7 e 40% da população e, como conseqüência da mesma, cerca de 60% dos que sofrem dela ficam parcial ou totalmente incapacitados, de maneira transitória ou permanente, comprometendo de modo significativo a qualidade de vida.
A dor pode ser resultante de um ou mais fatores internos e/ou externos. Os mais importantes que podem desencadear esse processo são os biológicos (lesão nos tecidos, condições físicas e efeito de medicamentos), os sociais (suporte social, relação familiar e influência cultural) e os psicológicos (comportamento, tipo de personalidade e grau de conhecimento).


Classificação

Dor aguda é aquela que se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido corretamente pelo paciente.
Exemplos: dor pós-operatória, dor pós-traumatismo, dor durante o trabalho de parto, dor de dente e as cólicas em geral
O quadro de dor crônica tem duração prolongada, pode se estender de vários meses a vários anos e que está quase sempre associada a um processo de doença crônica. A dor crônica pode também pode ser conseqüência de uma lesão já previamente tratada.
Exemplos: Dor ocasionada pela artrite reumatóide, dor do paciente com câncer, dor relacionada a esforços repetitivos durante o trabalho e dor nas costas.

A dor recorrente apresenta períodos de curta duração que, no entanto, se repetem com freqüência. Pode ocorrer durante toda a vida do indivíduo, mesmo sem estar associada a um processo específico. Um exemplo clássico deste tipo de dor é a enxaqueca.